sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Refletindo.....



   

      A miopía da maioria das pessoas costuma espantar-me.Tenho muitos conhecidos que se sentem diariamente obcecados pela educação de seus filhos, qual o melhor jardim de infância, se devem preferir escolas particulares ou públicas, quais os melhores cursos pré-vestibulares,  maximizando a importância das notas obtidas e das atividades extracurriculares de modo a conseguirem matricular o filho naquele colégio, naquela universidade, ad infinitum. Depois, começam o mesmo ciclo em relação aos netos.

      Essas pessoas acham que este mundo está imobilizado no tempo e que o futuro será uma reprodução do presente.

     Se continuarmos a derrubar as nossas florestas e destruir as nossas fontes de oxigênio, o que essas crianças estarão respirando daqui a 20 ou 30 anos? Se envenenarmos nossos recursos hídricos e nossos ciclos de alimentos, o que elas irão comer? Se continuarmos cegamente a produzir fluorcarbonos e outros detritos orgânicos e a destruir a camada de ozônio, poderão elas viver ao ar livre? Se superaquecermos o planeta mediante algum efeito estufa, fazendo subir o nível dos oceanos, e inundarmos as nossas praias e exercermos pressão excessiva sobre as falhas oceânicas e continentais, onde elas irão viver? E os filhos e netos, na China, na África, na Austrália e no resto do mundo, serão igualmente vulneráveis, pois também vivem neste planeta.
     Convém pensar nisto: se e quando reencarnarmos seremos uma dessas crianças.
     Portanto, por que toda essa preocupação com vestibulares e universidades quando talvez não exista um mundo para os nossos descendentes?

     Por que essa obsessão com o prolongamento da vida? Por que desejar fazer estender nosso fim geriátrico por mais alguns anos infelizes? Por que a preocupação com níveis de colesterol, dietas de trigo integral, contagem de lipídios e exercícios aeróbicos?

     Não será mais sensato viver com alegria agora, tornar mais pleno nossos dias, amarmos e sermos amados, do que nos preocuparmos tanto com nossa saúde física em um futuro incerto? E se não houver um futuro? E se a morte for a nossa libertação para a felicidade?

     Não estou dizendo que devemos desprezar o corpo, que seja certo fumar ou beber excessivamente, usar substâncias abusivas ou ficarmos grosseiramente obesos. Essas condições nos causam dor, sofrimento e incapacidade. Mas não se preocupem tanto com o futuro. Tratem de encontrar a felicidade hoje.

     A ironia de tudo isso é que, se adotamos essa atitude e procurarmos ser felizes no presente, provavelmente viveremos mais tempo.

     O nosso corpo e a nossa alma são como um carro e o seu motorista. Lembre-se sempre que você é o motorista, não o carro. Não se identifique com o seu veículo. A ênfase de hoje em prolongar a duração da vida, em viver até os 100 anos de idade ou mais, é loucura. É como continuar a usar seu Ford antigo além dos 300 mil ou dos 500 mil quilômetros. A carroceria do carro está enferrujando, a transmissão já foi reformada cinco vezes, as peças do motor estão caindo, e você insiste em não abandonar o carro. Enquanto isso, há um Mustang novo em folha esperando por você, bem perto de você. Basta-lhe sair do carro velho e entrar nesse belo Mustang. O motorista, a alma, nunca muda. Somente o carro.

     E quem sabe se existe uma reluzente Ferrari esperando por você em algum ponto da estrada?
                
Texto extraído do livro de Brian Weiss - Só o amor é real
                                

Um comentário:

  1. Que legal, criaturaaaaaaaaaa...Particularmente estou seguindo teu BLOG e meu Blog também vai te seguir.... muitos bjos

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