quarta-feira, 26 de maio de 2010

Também preciso falar de ti, Patrícia!




Falar de exemplos é um comprometimento muito sério... vá que eu esqueça algo que é importante? Tentarei então, falar de seres reais, humanos e reais. Ela é assim, humanamente real, graças a Deus.


Tornou-se mãe de seis irmãos, logo ao sair da infância, com a perda de seus pais. Era necessário alguém tomar conta da casa e dos irmãos, (o caçula com seis meses)... assim, abdicou da escola para cumprir a tarefa . E que linda tarefa! Conseguiu não só criá-los, mas mantê-los unidos, sempre!

Casou-se, mãe de quatro filhos seus, mais sobrinhos (também considerados filhos),tornou-se bancária do Banco da Província do Rio Grande do Sul, numa época em que as mulheres eram somente “do lar", e ainda assim, sempre foi excelente dona de casa! Que comidinhas gostosas...humm me faz lembrar o legítimo "sabor da infância"

Não conheci alguém tão ágil para fazer feira. Trazendo na sacola os legumes e verduras e empurrando um carrinho de bebê com dois filhos e outros dois  caminhando de mãos dadas,juntinho a  ela, lá vinha,   faceira, e sem se atrasar para o expediente no Banco.

E nas férias. Ah! as férias, era uma loucura só." Arrebanhava" os sobrinhos todos e os levava juntos passar a temporada de férias na praia. Comandando o "batalhão" de filhos e sobrinhos, era uma delicia!

Viúva, não perdeu a garra, continuou auxiliando e cuidando de filhos e sobrinhos, sempre de maneira generosa, brincalhona e carinhosa.

Ainda hoje, não perdeu a generosidade.

Crocheta mantas de lã e sapatinhos para todo ano, no inverno, doar aos velhinhos nos asilos de Porto Alegre, quando não saí, ela própria, à rua, entregando as mantas confeccionadas com tanto carinho aos moradores de rua. Só no ano passado, contamos 180 mantas de lâ.

E como se não bastasse, ainda se preparou (em pouco mais de dois meses)para o quinto ano que participa da Maratona de Porto Alegre, a Rústica , depois de um "pequeno" susto que nos deu, de um aneurisma e diversos procedimentos médicos cirúrgicos que a obrigaram a não mais sair só, à rua o que a deixa tremendamente frustrada. - "Adoro o cherinho da rua." são palavras dela mesma....

Essa é minha tia-mãe, meu exemplo de Atitude, Força, Coragem, Determinação, Generosidade e Amor.

Essa é Patricia Eugênia Guardiola Meinhardt, a " Gena" para nós de casa!

No alto de seus 88 anos de vida, carinho e dedicação é o que nunca nos faltou!

Só posso te dizer  "minha velhinha querida", que apesar da distância, (quase 2.500 km) senti muita emoção e um orgulho imenso.
Acompanhei-te em vibrações, em mais esta caminhada!
Te amo muiiiito.
Palmas Tocantins, 24 de maio de 2010
Abaixo, alguns momentos da Maratona, captados pelas lentes da fotógrafa Ana Meinhardt (neta de Patricia, e filha do Dr.
Nelson Guardiola Meinhardt, um dos filho e principal incentivador/acompanhante).

 C
                  .                      
Chegada ao local do evento e alongando.
Inicio, ainda bem agasalhada. 


Passos largos...já sem casaco....

                                                                A chegada!

A medalha, colocada com carinho pelo filho!



Sendo entrevistada e repondo as energias!

sábado, 15 de maio de 2010

Diferenças não são Defeitos

            Sendo cada ser humano único e diferenciado, só existe um modo de possibilitar a vivência a dois: o conhecimento e o respeito das diferenças de cada um, que precisam ser aceitas e ajeitadas pelo casal. Só assim a riqueza das diferenças do casal pode criar algo novo e especial na relação.

           Se duas pessoas são distintas, pensam de modo diferente e atuam em estilos diversos, sua união pode oferecer mais alternativas e maiores possibilidades, já que a soma das experiências e características do casal é bem maior do que seria, caso fossem muito parecidos.

        É comum os dois desejarem coisas diferentes, simultaneamente.Pode ser que um queira comprar móveis novos e o outro fazer uma viagem. Em vez de ficar dizendo um ao outro que o desejo dele é bobagem, é muito mais eficaz organizar o orçamento familiar, de forma a conseguir atender aos dois. Não adianta querer convencer o outro de que a vontade dele é desnecessária e sem razão porque isso vai acabar gerando insatisfação e produzirá focos de conflitos em outras áreas.

         É fundamental termos claro em nossas mentes, as coisas que somos diferentes um do outro e o que de real importância modificarmos, para que o relacionamento não apenas sobreviva, mas seja um crescer contínuo. É importante saber que o limite que cada um de nós tem hoje, tanto poderá ser mantido, como poderá evoluir e aumentar as possibilidades de aceitação e mudança. Isso será um passo à frente no ponto de equilíbrio, em busca do encontro com o amor.

          Mas se você usa a fórmula de encontrar defeitos nas outras pessoas para livrar-se de situações embaraçosas, que você não quer enfrentar, pergunte-se como estará daqui a dez anos se continuar com essa conduta.
         Por acaso para dissolver qualquer tipo de vínculo amoroso, você começa a colocar defeitos no parceiro ou então procura outra pessoa fora da relação para servir de “carona”?
         Caso você queira evitar intimidades e se esquivar de uma entrega a alguém, a solução mais fácil é encontrar defeitos. Isso porque se o outro tem muitos defeitos, você se sente especial, com mais qualidades, e assim está se valorizando à custa dos defeitos dele.

         Não necessitamos destruir ninguém para sermos livres, valorizar-nos ou decidir se é bom ou ruim nos entregarmos inteiramente a alguém.  Geralmente a pessoa que põe defeito no outro, guarda uma tristeza lá no passado. Possivelmente, alguém a criticava muito quando criança.
         A maior parte dos nossos comportamentos são aprendidos, e muito do que se considera defeito, na verdade é apenas diferença. Quando duas pessoas estão empenhadas em manter uma relação saudável e gratificante, ambas fazem mudanças e concessões.

         Uma das coisas mais importantes e lamentavelmente raras na relação, é perceber que o outro mudou.Os dois mudam e crescem juntos, ou a mudança e o crescimento apenas de um, vai ameaçar muito o ponto de equilíbrio do outro.

          Portanto, é básico, na caminhada a dois que o casal programe seus passos o mais próximo possível um do outro.

                                                                              Roberto Shinyashiki


         Na falta total de inspiração para escrever, tenho procurado textos que auxiliem nosso entendimento sobre essa excepcional   arte que é "ConVIVER"
          Abraços a todos