sexta-feira, 19 de março de 2010

Silêncio


   " Recorda, em muitos lances difíceis da vida, a serenidade dos outros, depende exclusivamente de nós"
                                                                                                 Emmanuel
                     
                        
                                A Voz do Silêncio

Pior que a voz que cala é um silêncio que fala... Simples, rápido, e quanta força...
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.

Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimentos, recusas...

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas, indicam a tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõe suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados, Quando nada é dito, nada fica combinado.

Quantas vezes numa discussão ouvimos um dos dois gritar: “Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!”. É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.

E claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é bálsamo. Para uma professora de uma creche o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto... É quando ninguém bate à nossa porta... não há recados na secretária eletrônica... e mesmo assim você entende a mensagem.

Texto recebido de amigos, de autoria de Martha Medeiros.

Para sorrir um pouquinho e transformar essa verdade em suavidade ....
 
 
                                                                                         Até a próxima

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